A articulação com partidos da direita, centro e esquerda garantiu ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) a presidência da Câmara pela terceira vez seguida. O parlamentar fluminense comandará os trabalhos na Casa pelos próximos dois anos.

Ele venceu o pleito em primeiro turno. A votação foi secreta, como prevê o Regimento Interno da Casa.

A vitória ocorreu depois de o atual comandante da Casa ser o indicado do maior bloco parlamentar da legislatura iniciada hoje, que conta com 11 partidos e 301 deputados, segundo a Câmara: PSL, PP, PSD, MDB, PR, PRB, DEM, PSDB, PTB, PSC e PMN.

Além de Maia, outros seis deputados concorreram à Presidência da Câmara:

Fábio Ramalho (MDB-MG)
JHC (PSB-AL)
General Peternelli (PSL-SP)
Ricardo Barros (PP-PR)
Marcel Van Hattem (Novo-RS)
Marcelo Freixo (PSOL-RJ)

Para vencer no primeiro turno, ele precisava ter recebido a maioria absoluta dos votos. Já o quorum necessário para o início da votação era de 257 dos 513 deputados.

Caso ninguém tivesse obtido o número mínimo de votos, a eleição iria para o segundo turno com os dois candidatos mais votados. Se houvesse empate, venceria aquele que tivesse o maior número de legislaturas.

A Mesa Diretora da Casa tem ainda seis cargos fixos –dois vice-presidentes, quatro secretários– e quatro suplentes, que serão eleitos também nesta sexta.

A sessão foi presidida pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE). Isso porque ele é o mais velho entre os que têm mais mandatos. A regra também consta do regimento da Câmara.

O reeleito
Rodrigo Maia foi eleito em 2018 para seu sexto mandato consecutivo.

Também no primeiro turno, com 293 votos, Maia já havia sido reconduzido ao posto para o biênio 2017-2019, há dois anos.

Na última eleição para a Presidência da Câmara, o então deputado federal Jair Bolsonaro, que na época era do PSC-RJ, obteve apenas quatro votos.

Ele havia ocupado o cargo por sete meses depois de ser eleito em julho de 2016 para um “mandato-tampão”.

A eleição extraordinária ocorreu para escolher o substituto do ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ), que renunciou ao cargo no mesmo mês e está preso desde outubro daquele ano.

Em discurso durante a sessão, Maia pregou que o Brasil vive “um momento de renovação”. “Esse foi o resultado das urnas”, declarou.

Ele abriu seu pronunciamento dando boas vindas aos novos parlamentares que tomaram posse hoje. Ele defendeu ainda a necessidade de se reformar o Estado brasileiro. “As reformas não são simples, mas elas são necessárias”, afirmou.

Comprometido com a reforma da Previdência– prioridade do governo Jair Bolsonaro (PSL) neste primeiro semestre –, Maia tem proximidade com o Palácio do Planalto, mas não será um presidente governista.

Antes do início da sessão, o deputado defendeu o voto secreto.

“O Congresso não é um puxadinho do Executivo. Então quando a gente abre o voto, o governo marca o voto de cada deputado e cada senador”, disse

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