A baixa umidade relativa do ar, típica do Outono, já impacta no aumento do número de atendimentos de casos de pacientes acometidos com problemas respiratórios, na Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo. Apenas na pediatria, setor onde diariamente são internados uma média de três crianças, nesta semana o número ampliou para oito.

O médico pediatra, Glauber Cardin, explica que doenças como pneumonia e asma, entre outras, ocorrem com maior frequência nesta época por conta do ressecamento da mucosa que está presente na boca, nariz e boca e ajuda a hidratar e proteger o organismo dos vírus.

“Nesta fase o organismo fica mais frágil, pois a barreira da hidratação está prejudicada. Depois de um tempo o nariz tranca e o paciente passa a respirar pela boca. Crianças menores de dois anos e idosos são mais suscetíveis por conta da baixa imunidade, aumentando as chances de conjuntivite, faringite, pneumonia, entre outras”, explica o médico.

É bom lembrar que nem todo o tipo de gripe ou resfriado necessita de internação, nos casos menos graves, nos quais a criança está disposta e se alimentando corretamente, o tratamento pode ser realizado em casa de forma assintomática.
“A preocupação deve existir a medida em que são observadas mudanças no comportamento como cansaço, febre alta-acima de 38 graus- e falta de apetite”, pontua.

Para evitar as doenças respiratórias, é indicado evitar aglomerados, lavagem frequente das mãos e alimentação correta com a ingestão de frutas e verduras que auxiliam na defesa do organismo. “O ideal é que crianças menores de um ano e meio não sejam matriculadas na escola, pois não estão preparadas para isso, mas como a maioria dos pais trabalha, é necessário tomar estes cuidados preventivos”.

O pediatra orienta ainda que a umidade em excesso também pode ser prejudicial, por isso, o umidificador deve permanecer ligado no quarto da criança três horas antes da mesma ir dormir. “Pois o ar muito úmido pode ser ainda mais inimigo provocando fungos, ácaros e mofos no ambiente”.

A manutenção de uma toalha úmida no quarto é indicada, assim como a utilização do soro fisiológicos para desobstrução das vias nasais.

H1N1
Tem assustado à população, o número de casos da gripe H1N1, registrado em todo o Brasil. Em Santa Cruz, até o momento são dois pacientes com suspeita da doença.

A principal diferença do H1N1 para os demais vírus da gripe é o sintoma de falta de ar.

“A maioria não sabe, mas apenas 10% dos casos de H1N1 resultam em complicações, muitas vezes o paciente é acometido, mas não tem sintomas graves”.

Em caso de suspeita é colhido material para exame- resultado enviado em 15 dias-, mas segundo o pediatra, os pacientes com sintomas semelhantes são tratados com o medicamento Tamiflu, indicado para combater a H1N1. “Pois o medicamento é mais eficiente nas primeiras 72 horas do início dos sintomas”.

A partir do dia 30 de abril a vacina contra a gripe estará disponível nas unidades básicas de saúde. Os públicos a serem imunizados são: idosos, crianças de 0 a 5 anos e pacientes com problemas respiratórios.

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