O presidente Michel Temer cancelou, na manhã desta quinta-feira (18), o restante da agenda do dia. O peemedebista ainda tinha reuniões com mais 19 parlamentares.

De acordo com o Palácio do Planalto, Temer terá “despachos internos” no restante do dia. A especulação é que o presidente faça um pronunciamento ainda hoje, um dia após a imprensa divulgar o conteúdo da delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley, donos da JBS.

Eles apresentaram uma gravação feita em março no Palácio do Juburu na qual o presidente autoriza pagamento pelo silêncio de Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funado, presos na Lava Jato. ‘Tem que manter isso, viu?’, teria dito Temer. Em nota, o presidente disse ‘jamais’ ter solicitado qualquer pagamento.

Temer afirmou a um grupo de parlamentares em audiência nesta manhã no Palácio do Planalto, que não vai deixar o cargo, disse um senador presente ao encontro.

“Não vou cair”, disse Temer, segundo relato feito à Reuters pelo senador Sérgio Petecão (PSD), coordenador da bancada do Acre no Congresso. Essa expressão, conforme o senador, foi repetida várias vezes durante a conversa com os parlamentares.

Segundo Petecão, foi o próprio presidente que recepcionou o grupo de parlamentares em seu gabinete pontualmente às 8h e que puxou a conversa sobre a gravação feita por Joesley Batista. Conforme o senador, Temer confirmou ter se encontrado com o empresário, mas disse que nunca imaginava que poderia ter tido uma conversa dele gravada.

O presidente, segundo o senador, disse que planeja fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV assim que tiver acesso aos áudios da conversa, gravada em ação controlada pela Polícia Federal com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Vou conversar com a nação”, disse Temer, segundo o relato.

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