Santa Cruz do Rio Pardo é um município do estado de São Paulo. O município é formado pela sede e pelos distritos de CaporangaClarínia e Sodrélia.

História

A região em que hoje está Santa Cruz do Rio Pardo, originalmente habitada por indígenas coroados, começa a ser colonizada por não-índios em meados do século XIX, quando migrantes vindos de Minas Gerais, como os sertanistas José Theodoro de Souza e depois Joaquim Manuel de Andrade e Manoel Francisco Soares, se fixam na região. Nessa época, os mineiros fundam, às margens do Rio Pardo, na confluência com o ribeirão São Domingos, o povoado de Capela de São Pedro.

Em 1872, o povoado de Capela de São Pedro é elevado à categoria de freguesia, com o nome “Santa Cruz do Rio Pardo”, subordinada à vila de Lençóis. Em 1876, devido ao desenvolvimento da Freguesia, Santa Cruz do Rio Pardo se torna vila, emancipando-se de Lençóis. Em 1884, se torna sede de comarca.

A economia santa-cruzense, que originalmente era baseada no cultivo de milho e cereais e depois na criação de gado bovino e suíno, passa a ter, no final do século XIX, a cafeicultura como grande produto. Para o cultivo do café, vieram para Santa Cruz do Rio Pardo milhares de imigrantes italianos. A vila se desenvolve rapidamente e, com isso, a sua Câmara Municipal tenta lhe dar o título de cidade em 1896, algo só concretizado dez anos depois, tendo sido eleito o primeiro prefeito o Dr. Olympio Rodrigues Pimentel. Em 1908, a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana à cidade alavanca o desenvolvimento. Entretanto, faltavam muitos serviços básicos e a primeira escola só foi inaugurada em 1915.

No final do século XIX e primeiras décadas do século XX, os principais distritos de Santa Cruz do Rio Pardo são emancipados, como Campos Novos (1885), São Pedro do Turvo (1891), Salto Grande (1911), Ipaussu (1915), Óleo (1917), Chavantes (1922) e Bernardino de Campos (1923).

Com o fim do ciclo do café, ocorrido devido à Grande Depressão, a economia da cidade passa a ser baseada em outras culturas e a produção de alfafa passa a se destacar entre as demais. Houve um grande crescimento ao longo da década de 1940 e Santa Cruz teve melhoramentos antes de muitas outras cidades do interior.

Na década de 1950, a agricultura entra em decadência. A Estrada de Ferro Sorocabana foi desativada na década seguinte.

Atualmente, Santa Cruz é o quarto polo calçadista do Estado de São Paulo; possuindo cerca de 32 fábricas de calçados, com produção diária de 25 mil pares. Por ano, isso significa uma produção de aproximadamente 5 milhões de pares. O município possui também um polo Cerealista, produzindo 25% do arroz consumido em São Paulo, sendo o maior beneficiador desse grão no estado.

Apresenta também números relevantes na plasticultura (cultura sob plástico). É a maior representante no estado de São Paulo, com setenta hectares de estufas de hortaliças e legumes. 66% dessa produção é destinada à CEAGESP e 34% distribuído na região.

Atividades Econômicas

Santa Cruz sempre se destacou no cultivo do arroz irrigado. A produção de arroz é a principal atividade do município desde o princípio, mantendo-se até meados do século XX, quando iniciou a atividade canavieira extensiva – com técnica adquirida dos holandeses que aqui residiram, como Haward Hollenbark e Van der Hellyk II.[11] Mas a cidade continua até hoje a ser o principal polo arrozeiro do estado de São Paulo.

Ao menos 30% de todo arroz consumido no Estado de São Paulo são provenientes das cerealistas de Santa Cruz do Rio Pardo e a indústria do setor a cada ano aumenta sua capacidade de beneficiamento, aumentando seus portfólios em variedades de produtos. Sendo a cidade um dos grandes pólos de alimentos do Estado.

Geografia

Sua população é estimada em 46.366 habitantes, segundo o IBGE, o que deixa o município, portanto, como o 141° mais populoso do estado. A sua extensão territorial é de 1 114,984 km² (Lista dos municípios de São Paulo por área), o que lhe confere a densidade demográfica de aproximadamente 37,9 hab/km² e ser o 26º maior município em área territorial do estado.

Distritos

O município possui dois bairros urbanos localizados fora da cidade: Sodrélia e Caporanga.

Sodrélia

Localizado à beira da Rodovia Vicinal Anísio Zacura, Sodrélia possui 200 habitantes e está a 11 km da cidade.

Caporanga

Localizado à beira da Rodovia João Baptista Cabral Rennó, Caporanga possui 830 habitantes e está a 28 km da cidade

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