De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, a estimativa é que Santa Cruz do Rio Pardo registre até o final do ano, 32 casos de câncer de mama. Até o momento foram confirmados 24 casos, em tratamento são 170 mulheres (nos últimos cinco anos). Os dados foram apresentados pelo médico ginecologista e obstetra, José Antonio Torre Peres durante evento em menção ao Outubro Rosa, promovido na Santa Casa na tarde de hoje (23 de outubro).

No país, a estimativa é de 60 mil casos no ano, sendo que destes a maioria nas regiões sul e sudeste do país.

De acordo com o médico, mesmo com a intensificação das campanhas pela prevenção nos últimos anos, a maioria dos diagnósticos ainda acontece após a paciente notar o nódulo na mama. “E quando o nódulo é perceptível isto não é bom, pois para que as chances de cura sejam maiores o ideal é que esteja com 1 cm de diâmetro e para que este seja notado com o auto exame, já está com 2 cm ou mais. É preciso entender que o câncer de mama não dói”, explica Dr. Peres.

Entre os fatores predisponentes para a doença estão: idade, tabagismo, alcoolismo, idade da menarca e da menopausa, idade da primeira gravidez, amamentação, obesidade (depois da menopausa), sedentarismo e radiação ionizante.

“A prevenção primária está relacionada em grande parte com a mudança de hábitos relacionada, por exemplo, com a alimentação. “Outro vilão é a o tabagismo, pois é responsável por mudanças no sistema imunológico”, destaca.

Para o diagnóstico precoce não há método ideal, sendo estabelecido pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer) a mamografia e ultrassom das mamas como exame indicado.

O médico ginecologista também falou sobre o câncer de colo de útero. A principal orientação foi em relação a vacina contra o HPV que previne da doença, tendo em vista a relação com o vírus. A rede pública disponibiliza duas doses para meninas com idade a partir de nove anos.

A prevenção se dá também com o diagnóstico de lesões precursoras (NIC), o exame Papanicolau, colposcopia e detecção do HPV. “Apenas tem câncer do colo do útero, a mulher que nunca foi ao ginecologista, nunca colheu o Papanicolau ou tem alguma predisposição”, pontuou o médico.

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