O dia 1º de outubro vai ficar na história da Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo. Nesta data foi realizada a primeira coleta de células tronco para estudo de possível tratamento em criança de 5 anos que sofre de um tipo de leucemia.

O procedimento foi realizado pelos médicos ginecologistas e obstetras Olívio Tosi e Lucas Tosi e equipe. A paciente- não será identificada por questão de privacidade- do médico Dr. Olívio é mãe da criança que está com leucemia, um tipo de câncer. O médico que acompanha o tratamento da criança relatou a possibilidade e a proposta foi apresentada pela mãe durante as consultas de pré-natal.

O médico, Lucas Tosi explica que o procedimento começa antes mesmo do parto, quando é retirado sangue da mãe e após o nascimento é cortado o cordão umbilical bem próximo ao bebê, quando é colhido o máximo de sangue possível do cordão. Após a retirada da placenta é cortada a outra ponta, pois tanto o sangue do cordão é utilizado para as células hematopoiéticas (do tratamento das doenças relacionadas ao sangue como a leucemia) como células do cordão umbilical tem as chamadas mesenquimais responsáveis pela formação de órgãos.

As células são enviadas para a empresa CordVida, em São Paulo, responsável pela armazenagem, isolamento das células e pesquisa para possível utilização do material na cura da doença do irmão do recém-nascido. A empresa inclusive envia todo o aparato necessário para coleta do material.

De acordo com o laboratório, no procedimento realizado na Santa Casa, foram recolhidas 714 milhões células tronco.

O processo é indolor para o bebê e para a mãe. Após a coleta das células-tronco, as amostras são transportadas até o laboratório CordVida em até 40 horas após o momento do parto.

Depois de processadas e analisadas, as células-tronco são criopreservadas a -196º C que mantém sua capacidade intacta por anos. As células-tronco podem ser utilizadas a qualquer momento para o tratamento de mais de 80 doenças, tais como leucemias e falências medulares, por exemplo.

No caso da leucemia existe a possibilidade da formação de novas células que corrigirão a doença.

“O procedimento foi bem sucedido e o tratamento subsequente é realizado com a empresa especializada. Com isso poderemos ter o sangue do irmão ajudando a tratar a doença de outro irmão”, finaliza.

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