O ex-ministro Antonio Palocci contou em colaboração premiada à Justiça Federal que das mil Medidas Provisórias (MPs) editadas nos quatro governos do PT, houve “tradução de emendas exóticas em propina” em pelo menos novecentas. O sigilo do acordo foi levantado nesta segunda-feira (1) pelo juiz federal Sergio Moro.

Ao detalhar alguns esquemas de corrupção liderados por figurões do partido, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o texto diz que “os partidos podiam utilizar os cargos para fins de financiamento de suas atividades, o que poderia se dar através de diferentes modelos” e exemplifica em seguida o caso das emendas.

“A prática de venda de emendas se tornou corriqueira, particularmente na venda de emendas parlamentares para medidas provisórias vindas dos governos, casos em que algumas MPs já contam com algum tipo de vício destinado a atender financiadores específicos e saem do Congresso com a extensão do benefício ilícito a diversos outros grupos privados”, diz.

Ainda segundo a delação, Palocci “estima que das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT, em pelo menos novecentas houve tradução de emendas exóticas em propina”.

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