A Orquestra Santa Cruz foi atração de mais um evento da cidade. No início da noite da última terça-feira (1), os 30 integrantes do projeto abrilhantaram o evento de comemoração aos 126 anos da Comarca de Santa Cruz do Rio Pardo. A apresentação aconteceu no salão do júri do Fórum e contou com a presença de juízes, promotores, advogados, servidores do judiciário e secretária municipal de Assistência Social, Wanda Rios. Também foi função da cerimônia cultural homenagear o patrono, primeiro juiz de direito da Comarca, Antônio José da Costa, nascido em 1861 e nomeado em 1890.

Os jovens e adolescentes apresentaram algumas peças aos convidados: ‘Exercício para cordas soltas’, ‘Asa Branca’, ‘Happy Blues’, ‘Halleluya’-com a participação da cantora Beatriz Bernardes- e Hino à Alegria- Beethoven (9ª Sinfonia). A performance da Orquestra composta por violinos, violoncelo, violas clássicas e contrabaixo, iniciada há seis meses, arrancou elogios dos presentes e salva de palmas.

O juiz e diretor do Fórum, Antônio José Magdalena, parabenizou o trabalho realizado por meio do projeto, viabilizado na categoria especial do Proac (Programa de Ação Cultural), garantindo a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) às empresas que investirem em ações culturais.

“Conheci recentemente o projeto e propus esta oportunidade para ouvirmos boa música através destas crianças e jovens. Esperamos repetir a experiência outras vezes para o nosso deleite”, ressaltou.

O magistrado considera o projeto como uma das formas de proporcionar vida mais digna ao público desta faixa etária que vive em situação de risco.

“Essa atividade é o caminho, pois contribui para auto-estima destes meninos e meninas, além de propiciar um ambiente sadio e de boa espiritualidade”, comenta.

Responsável técnico e artístico do projeto, o maestro José Magali Junqueira, apresenta com emoção a orquestra que além de levar cultura exerce um papel social em Santa Cruz, por priorizar os jovens da periferia.

“É uma honra enorme para nós estarmos aqui e oferecermos esta oportunidade aos jovens que em sua maioria vivem em territórios complexos. Então podemos dizer que na casa da justiça trabalhamos para fazer justiça para os envolvidos”.

“Ao longo de poucos meses, eles têm descoberto novas perspectiva em um ambiente de calma e tranqüilidade. Enfim o objetivo é transformar vidas. E esta missão pode ser cumprida através da música”, concluiu o professor que enaltece ainda o trabalho da equipe da orquestra que conta com a professora, Carline Adrião e os auxiliares: Luan Tavares e Beatriz Bernardes. Além disso, a apresentação contou com a participação de Paulo Camilotti, músico-violinista, ex-aluno de Magalli que hoje atua como integrante de orquestras renomadas.

Durante o evento o cerimonial fez questão de ressaltar os nomes de cada integrante segue a lista: Ana Clara Rafaela Santos das Neves, Maria Eduarda Sabino Dos Santos, Cauã Valério Funchal, Hiago Figueira de Oliveira, Hugo Rafael Soares Montessi, Kaio Felipe Ferreira, Lorena Ferdin da Rosa, Maria Vitória Da Silva Souza, Michela Raisa Silva da Penha, Paulo Ricardo da Silva, Paulo Ricardo Eurico da Silva de Souza, Pedro Henrique Dias da Silva, Yasmim Monteiro São Miguel, Diogo Felipe Cordeiro Soares, Amanda do Carmo Ramos, Ana Beatriz da Silva, Bianca Vitória dos Santos, Ana Flávia da Silva, Bruna Souza de Castro, Bruno Gabriel Lourenço da Silva, David Willian de Oliveira Moreira, Kelly Fernanda Vieira, Otávio Silva de Oliveira, Mariana Gonçalves Ribeiro, Bruno Pio Gaspar Caldas, Débora Stefany Silva De Souza, Ronailson Ribeiro de Souza Junior, Gabrielle Babilas de Oliveira, Matheus Cristiano Vieira Rodrigues, Tainá karoline Ferdin, kauãn de Oliveira Leandro e Maira Alessandra de Oliveira.

As aulas do projeto são realizadas todas as terças e sextas, em duas turmas- das 16h às 18h e das 18h às 20h- com ensaio geral aos sábados, das 9h às 12h. Os encontros acontecem no Cras II Betinha, do bairro São José, região periférica de Santa Cruz do Rio Pardo.

A execução do projeto foi possível também graças ao apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social que cedeu o local para a realização das aulas e realiza o trabalho sócio educativo com os alunos e seus familiares.

Por: Cibele Martins

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