A
Santa Casa
comunicou na
quarta-feira,
2, através de
ofício, o “esgotamento
total de recursos físicos
e de equipamentos, para
atender a população de
Ourinhos e toda região,
incluindo leitos de UTI,
de enfermaria e Pronto
Socorro”.

O comunicado é assinado pelos médicos
Paulo de Mello Novita
Teixeira, Adriana Fleury
de Vasconcelos e Flávia
Rifan Ambrozio, responsáveis pela Comissão
Técnica do hospital, endereçado à Central de
Regulação de Ofertas
de Serviços de Saúde
– CROSS, SAMU Ourinhos, Unidade de Pronto Atendimento – UPA,
gestores municipais de
saúde, Corpo de Bombeiros da cidade.

A Santa Casa disponibiliza 133 leitos destinados ao SUS, sendo
25 de UTI (10 exclusivos
para Covid-19) e 108 de
enfermaria e pronto socorro. Com a ocupação
geral, se algum munícipe necessitar de internação, terá que aguardar
a transferência feita diretamente pela Central
de Regulação de Vagas
do Estado (CROSS), ou
seja, a CROSS deverá determinar para qual
hospital mais próximo
o paciente deverá ser
transferido.

SANTA CASA – A reportagem procurou o
presidente da Sociedade Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos,
sobre a atual situação
do hospital e do comunicado feito pela equipe
médica. Indagado, Celso Zanuto informou que
“por enquanto não tem o
que fazer, que a flexibilização pode ser a causa
disso. Que a Santa Casa
está atendendo outros
municípios também e,
se fosse só Ourinhos,
estaria sob controle ou,
pelo menos, sem passar
sufoco”.

PREFEITURA – Questionada, a prefeitura respondeu através de nota,
onde afirma que “autoridades de saúde e do Ministério Público de Ourinhos acreditam que a recente falta de vagas na
UTI da Santa Casa pode
ser um reflexo da flexibilização no funcionamento de alguns setores da
economia, aliado à falta
de conscientização da
população, que aglomerações em bares, festas
e ausência da máscara
ou álcool gel contribuem
para a disseminação do
vírus da Covid-19″.

OPINIÃO DO PROMOTOR – Na quinta-feira, 3,
em entrevista ao vivo à
rádio 104FM de Santa Cruz do Rio Pardo,
Adelino informou que as
autoridades de saúde
já buscam providências
para sanar a questão,
como uma reavaliação
de pacientes e busca de
alternativas de transferências.
Segundo o promotor a falta de leitos nas UTIs é um
reflexo da flexibilização que ocorreu em nível nacional
Santa Casa de
Ourinhos não
possui mais nenhum
leito disponível para
atendimento SUS
“São providências que
estão sendo tomadas.
Não é só Ourinhos que
está com UTI lotada,
mas há reavaliações de
casos e podem surgir
novas vagas na UTI.
Segundo o promotor a
falta de leitos nas UTIs
é um reflexo da flexibilização que ocorreu em
nível nacional.
“Flexibilização de todas as cidades da regional de Marília se reflete
muitas vezes nos hospitais referência, como o
de Ourinhos. Temos que
ter consciência para não
ter um retrocesso se a
população não colaborar”, analisa.
“Precisamos combater
a doença enquanto não
tivermos efetividade de
cura. Vamos ainda por
um bom período de tempo ter uma conduta diferenciada. Precisamos
refletir sobre nossos
comportamentos para
que não vire uma situação incontrolável”, ressalta.

AGILIDADE E LOGÍSTICA – Trabalho em
conjunto entre a Santa
Casa, UPA e Hospital
Covid pretende agilizar
o compartilhamento das
informações sobre alta e
internação de pacientes
a fim de manter leitos
vazios. Também haverá
uma análise minuciosa
da logística envolvendo
a quantidade de leitos
de UTIs disponíveis em
outras cidades e quantidade de pacientes vindos de outros municípios para tentar distribuir
vagas sem que ocorra
lotação.

FISCALIZAÇÃO – Aliado a isso, o setor de fiscalização da Prefeitura
vai incrementar ações
de prevenção ao contágio e disseminação
da doença com visitas
frequentes ao comércio
para estimular o uso de
máscaras e álcool gel,
além de coibir aglomerações.

DENÚNCIAS – Diversas denúncias anônimas têm chegado até o
setor de fiscalização de
posturas do município. de Ourinhos.
Festas são dadas por
munícipes em chácaras
e casas com piscina.
Adegas e praças também vêm sendo “points”
para o desrespeito ao
isolamento. Pesqueiros e campos de futebol
também já foram alvos
de notificações.

FONTE: O negocião – Revista digital.

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