A Usina Hidrelétrica Chavantes, uma das mais importantes do rio Paranapanema, completa 50 anos nesta quinta-feira, dia 6 de fevereiro. Localizada na divisa do estado de São Paulo com o Paraná, entre Chavantes (SP) e Ribeirão Claro (PR), a usina possui grande relevância, contribuindo para o setor elétrico com 414 MW de capacidade instalada, energia suficiente para abastecer uma cidade de 840 mil habitantes.

“A UHE Chavantes tem importância histórica e chama a atenção por sua beleza, além de ser uma usina fundamental no fornecimento de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional e para o equilíbrio da bacia do Rio Paranapanema”, diz Marcio Peres, diretor de Gestão de Ativos de Geração da CTG Brasil, empresa responsável pela administração da UHE Chavantes.

As obras de construção da usina foram iniciadas em 1959 e seu primeiro grupo gerador entrou em operação em 1970. Quando foi inaugurada, a UHE Chavantes era o maior empreendimento hidrelétrico da região e um dos maiores do Estado, representando significativo impulso para o desenvolvimento do Vale do Paranapanema.

Os números da barragem impressionam. São 89 metros de altura e 500 metros de comprimento. Na construção, foram utilizados 6 milhões de m³ de material.

A UHE Chavantes se destaca ainda por ser reservatório de acumulação, com capacidade total de armazenamento de 8,8 bilhões de m³ de água, sendo 3,04 bilhões de m³ destinados à geração de energia elétrica.

Além disso, o reservatório da usina – um lago límpido de 419 km², maior do que 57 mil campos de futebol, com bordas que se estendem por 1.085 km – banha 15 municípios paranaenses e paulistas, entre eles Piraju, Ribeirão Claro e Carlópolis.

Também está instalado na UHE Chavantes o Centro de Operação da Geração (COG), responsável por supervisionar e operar remotamente as 8 usinas da CTG Brasil no Paranapanema e duas Pequenas Centrais Hidrelétricas no Rio Sapucaí Mirim, e a Vila Técnica, base para equipes de manutenção e operação.

O nome – No início, Chavantes era chamada de Usina Itararé, por causa do rio Itararé, afluente do Paranapanema. Mas ainda no início da construção o nome foi substituído por Xavantes, numa referência ao primeiro grupo indígena da região, os índios Oti-Xavantes. A mudança na grafia, de X para CH, ocorreu apenas nos anos 1990, acompanhando a alteração no nome do município de Chavantes, sede da usina.

Laços de família – O coordenador de Telecom Jessé Rubens de Carvalho, 43 anos, tem sua história e de sua família intrinsecamente ligadas à Usina Chavantes. Cresceu acompanhando o pai, Claudomiro de Carvalho, que começou em 1959, antes mesmo do início da construção da barragem, extraindo areia para concretagem e outros serviços, e onde permaneceu até 1982. “Me sinto privilegiado pela oportunidade de ter três gerações da família na usina. Chavantes é minha segunda casa”, diz.

Seu filho, Jessé Junior, 21, é Técnico de Produção Junior e está na empresa há 1 ano. “Eu era criança quando meu pai me trouxe pela primeira vez para conhecer o lugar onde ele trabalhava. Nunca esqueci a experiência de ver essa paisagem e a dimensão de uma usina hidrelétrica”, lembra Junior. “Aquilo despertou em mim o sonho de trabalhar aqui um dia. Esse sonho eu realizei. O outro, agora, é ser uma fração do homem que meu pai é.”

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