O mundo está tingido de vermelho, azul e branco. Neste domingo (15), a França venceu a Croácia, por 4×2, e se tornou campeã do mundo. Em final inédita, os franceses levaram a melhor no estádio de Lujniki, em Moscou, e colocaram a medalha dourada no peito pela segunda vez na história.

Com mais um troféu para a coleção, a França chegou ao bicampeonato. O primeiro título foi conquistado há 20 anos, na Copa de 1998, quando o país era anfitrião e venceu o Brasil na final, por 3×0. Agora, os azuis se igualam a Uruguai e Argentina, ambos também com duas conquistas.

Metade dos gols franceses da partida foram marcados todos no primeiro tempo. A França chegou à frente do marcador aos 17 minutos. Griezmann cavou uma falta e, na cobrança, mandou em direção ao gol. Mandzukic subiu para tirar a bola e, em lance infeliz, desviou para o fundo do gol e fez contra. Foi o primeiro gol contra da história das finais da Copa do Mundo.

O empate croata veio 10 minutos depois, com Perisic. Vida pegou a bola e escorou para Perisisc, que deixou Kanté de lado e mandou uma bomba de pé direito. A bola ainda desviou levemente em Varane e morreu no fundo do gol.

Antes do apito final, a França ficou novamente à frente. Aos 35, Griezmann cobrou escanteio no primeiro poste. Matuidi tentou o desvio para o gol e Perisic tocou com a mão na bola. O árbitro consultou o VAR e marcou o pênalti. Na cobrança, Griezmann bateu bem e fez 2×1.

Durante o segundo tempo, quatro torcedores invadiram o campo e foram contidos rapidamente, sem comprometimento do espetáculo. Sem se abalar com o episódio, a França ainda conseguiu fazer o terceiro. Seguros em campo, os Bleus ampliaram aos 13 minutos. Pogba deu um belo lançamento para Mbappé, que cruzou na linha de fundo. Griezmann recebeu e tocou novamente para Pogba, que bateu de pé direito em cima da zaga, pegou o rebote e, agora de canhota, deixou sua marca e sacramentou o título francês.

O quarto e último gol dos Bleus foi feito por Mbappé. O jogador aproveitou jogada de Hernández, que passou por Mandzukic e tocou no meio e, da entrada da área, bateu firme. Aos 19 anos, ele se junta a Pelé como os únicos que fizeram gol numa decisão de Mundial com menos de 20 anos – o braisleiro tinha 17.

A Croácia ainda diminuiu com 23 minutos, com Mandzukic. Após bola recuada de Kanté, o goleiro Lloris fez graça, tentou driblar o jogador croata e levou a pior, mas era tarde demais para uma reação.

Com o resultado, a França dá adeus à Rússia com uma campanha invejável. Invictos no Mundial, os azuis entraram em campo sete vezes e venceram seis duelos. Pela primeira fase, os franceses passaram por Austrália e Peru sem dificuldade, e empataram apenas um jogo, contra a Dinamarca. Depois, a seleção despachou a Argentina nas oitavas de final, o Uruguai nas quartas, a Bélgica na semifinal e, por fim, a Croácia no duelo final. Foram 14 gols feitos e apenas seis sofridos.

Já os croatas, que também estavam invictos, perderam seu único jogo na Copa justamente na final. Na fase de grupos, a Croácia venceu Nigéria, Argentina e Islândia. Depois, empatou com Dinamarca nas oitavas e Rússia nas quartas, avançando nas duas oportunidades nos pênaltis. Na semifinal, venceu e eliminou a Inglaterra. Ao todo, foram 14 gols feitos e nove sofridos. Essa foi a melhor posição do país, que chegou à sua primeira decisão, em um Mundial.

Marcados na história
O duelo, além de definir o campeão do mundo, manteve um tabu histórico. A Croácia nunca venceu a França, em nenhuma competição. As duas seleções já se enfrentaram seis vezes, agora com quatro triunfos franceses e dois empates. Desses confrontos, apenas dois foram válidos por mundiais – e em ambos os franceses levaram o troféu. Além da final da edição da Rússia, franceses e croatas já haviam se encontrado na Copa de 1998, quando o time anfitrião venceu por 2×1 e avançou à final daquele Mundial.

Essa foi a terceira final de Copa do Mundo da França. Além dos títulos de 1998 e 2018, a seleção também disputou o jogo decisivo de 2006. Na época, empatou em 1×1 com a Itália e perdeu nos pênaltis, por 5×3, em jogo que ficou marcado por uma cabeçada de Zidane em Materazzi.

Outro que gravou seu nome da história do futebol foi o técnico Didier Deschamps. Capitão da França em 1998, ele se junta a Zagallo e a Beckenbauer como os únicos do mundo a conquistarem títulos da Copa do Mundo tanto como jogadores, como treinadores.

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