Autoridades judiciárias da Suíça anunciaram nesta quarta-feira (18) terem bloqueado US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) de pessoas e empresas investigadas por fraudes no escândalo da Petrobras. Do total, US$ 120 milhões (R$ 391 milhões) já foram liberados para serem devolvidos.

Um comunicado emitido hoje pelo Ministério Público suíço (MPC) indicou que trabalha em nove investigações penais e liberou US$ 120 milhões (R$ 391 milhões) dos US$ 400 milhões bloqueados (cerca de R$ 1,3 bilhão) para serem repatriados ao Brasil.

Com a ajuda do Brasil e da Holanda, a justiça suíça trabalha para descobrir a origem dos montantes que seguem bloqueados. O MPC investiga o caso desde abril de 2014 por suspeitas de lavagem de dinheiro relacionado à corrupção.

No comunicado, as autoridades judiciárias suíças ressaltam que “o escândalo de corrupção brasileiro afeta a praça financeira suíça e seu dispositivo de defesa anti-lavagem de dinheiro, de maneira que o MPC tem todo o interesse em participar da melhor forma possível, mediante suas próprias investigações, para elucidar este escândalo”.

As investigações realizadas pela procuradoria-geral suíça descobriram mais de 300 contas de brasileiros em mais de 30 bancos suíços, usadas para processar o pagamento de propinas, caso atualmente sob investigação no Brasil. De acordo com as autoridades judiciárias, oito cidadãos brasileiros estão sendo investigados. Uma nona pessoa envolvida não teve a nacionalidade revelada.

Segundo o MPC, as contas foram abertas no nome de empresas, executivos do alto escalão da Petrobras e fornecedores, intermediários financeiros e, direta ou indiretamente, empresas brasileiras e estrangeiras que pagaram propinas.

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