O Governo do Estado desenvolve a maior rede pública de luta contra o câncer do Brasil. Desde 2013, os paulistas podem realizar o tratamento em um conjunto de unidades de saúde que fornece assistência integral e de qualidade em relação à doença, com base nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer possui 76 unidades espalhadas por todo o território paulista. Vale destacar que o nome é uma homenagem à atriz e apresentadora Hebe Camargo, que lutou contra um câncer e faleceu por complicações do quadro, em 2014.
A porta de entrada para o tratamento na Rede Hebe Camargo é feita, muitas vezes, pelas unidades de saúde do município. Portanto, é necessário que os cidadãos adquiram sempre costumes de realizar o check-up médico.
Atendimento
O principal objetivo da iniciativa é aprimorar o modelo de atenção aos pacientes, de forma que possam realizar o tratamento em hospitais referenciados no Estado. A partir dela, os cidadãos passaram a ter atendimento mais organizado e acessível que reduzisse o tempo de espera entre o diagnóstico e o tratamento.
O aperfeiçoamento só foi possível graças à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), que passou a regular os casos oncológicos a partir de 2014. O sistema busca garantir assistência às necessidades imediatas do paciente por meio da equidade do acesso ao SUS.
O atendimento primário é feito em uma unidade de saúde da cidade. Caso os exames apresentem indício de câncer, os pacientes são encaminhados a uma instituição especializada por meio da CROSS. “Trata-se de uma regulação individual, um diagnóstico analisado por pessoa, região e gravidade”, ressalta a coordenadora da Rede Hebe Camargo, Sônia Alves. “Assim, conseguimos ter uma avaliação mais rápida e mais perto da casa do paciente”, completa.
Referência
É importante frisar que a Rede se transformou referência de associação e regionalização de atendimento, pois integra unidades sob gestão estadual e municipal. Atualmente, a iniciativa é responsável por realizar mais 5 milhões de atendimentos anuais.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, por meio do sistema, 92% dos pacientes podem realizar o tratamento perto da família. “Oferecemos estrutura altamente qualificada para tratamento dos pacientes oncológicos e com atendimento humanizado”, explica.
O Estado apresenta diversos exemplos de experiências positivas na área, como em Jaú, no Hospital Amaral Carvalho, equipado para receber os principais tipos de câncer da região, além de ser a instituição que mais realiza transplante de medula óssea em toda a América Latina. Associada à Rede Hebe Camargo, a unidade atende mais de 70 mil pacientes em tratamento por ano.
“Por meio de uma equipe estruturada e com profissionais qualificados, conseguimos oferecer mensalmente 500 vagas à Rede. É importante que os municípios se preocupem com o diagnóstico precoce dos pacientes, pois, assim que chegam a uma instituição como a nossa, tenham maiores chances de cura”, avalia a diretora de desenvolvimento de saúde, Cristina Moro.
Ampliação
Iniciativas como a da unidade do município do interior paulista são fundamentais para colocar a Rede Hebe Camargo no topo do tratamento público de câncer no Brasil. Por meio das parcerias com a cidades, os chamados servições poderão ser ampliados, o que permite que casos sejam evitados após o diagnóstico precoce e o tratamento de qualidade.
“É importante que as pessoas saibam que o câncer, na maioria das vezes, pode ser evitado por meio de iniciativas de prevenção. Por isso, devemos ter hábitos saudáveis desde cedo”, enfatiza a chefe de oncologia clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Maria Del Pilar Estevez Diz.
