A Polícia Civil realizou, na tarde desta quarta-feira (28), buscas em imóveis que pertencem à servidora municipal de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) suspeita de desvios em contas da prefeitura que, segundo as investigações, somam R$ 3,5 milhões. A funcionária da tesouraria foi exonerada na última sexta-feira (23) e desde então não está mais na cidade. Ela era concursada e trabalhava na prefeitura desde 1999.

Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em cinco endereços da cidade. Entre eles, a casa onde mora a ex-servidora Sueli de Fátima Feitosa, na residência de duas irmãs da suspeita e também em chácaras e galpões que pertencem a família. De acordo com as inevstigações, o objetivo da polícia é apurar se Sueli e familiares tiveram um enriquecimento ilícito por conta desses desvios.

Nos imóveis, a maioria de alto padrão, foram apreendidos documentos, entre eles contratos, notas, e também muitas joias. Todo o material foi encaminhado para Central de Polícia Judiciária e será analisado.

Segundo a investigação, a funcionária é suspeita de transferir ilegalmente R$ 1,2 milhão de uma conta destinada a iluminação pública para conseguir pagar os salários de dezembro e assim tentar esconder o rombo. Um extrato mostra a existência de R$ 850 mil em uma conta da prefeitura, mas esse valor foi falsificado. Na verdade, a conta tinha R$ 398 mil, R$ 450 mil a menos do que deveria, informou a prefeitura.

A prefeitura passa por uma auditoria nesta semana. Na terça-feira (27), a polícia apreendeu o computador da funcionária apontada como responsável pelo crime.

Funcionários dos setores contábil e finanças, juntamente com o controlador interno e a procuradora geral do município, estão vasculhando documentos, contratos e papéis a procura de novas pistas. O horário normal da prefeitura para atendimento a população voltará dia 2 de janeiro.

Até agora já foram identificados desvios feitos desde 2013, mas ainda não se sabe o destino do dinheiro. A Polícia Civil também vai investigar o caso. Segundo o delegado, o responsável pode responder por peculato, falsificação, falsidade ideológica, estelionato e possível associação criminosa.

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