O procedimento mais realizado em clientes de planos de saúde que recorrem à rede pública é o parto (normal ou cesariana), seguido pelo tratamento contra pneumonia e gripe. O dado, divulgado nesta terça-feira, faz parte de um levantamento feito pela Agência Nacional de Saúde (ANS) junto ao Ministério da Saúde entre 2008 e 2012.

Segundo o estudo, nesse período o Sistema Único de Saúde (SUS) emitiu 57,4 milhões de Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), sendo que 1,2 milhão foram a pacientes usuários de planos de saúde. A maioria desses atendimentos (68,4%) foi de urgência e emergência. Ainda de acordo com o levantamento, a maior procura de clientes de operadores de saúde pela rede pública ocorreu no Sudeste (62,9% em relação ao total do país) e a menor procura, no Nordeste (3,8%).

De 2008 a 2012, o SUS realizou, em usuários de planos de saúde, 96 223 partos normais, 72 291 cesarianas, 55 116 tratamentos contra pneumonia ou gripe e 29 503 atendimentos de urgência em clínica médica.

Essas informações foram divulgadas junto com novas medidas que visam a garantir o ressarcimento dos planos de saúde ao SUS. Pela lei que regulamenta o setor, as operadoras têm de reembolsar o SUS quando seus beneficiários são atendidos na rede pública. Os números do ressarcimento, no entanto, indicam que o reembolso realizado está bem abaixo do número de atendimentos realizados pelo SUS.

Uma das medidas novas obriga as operadoras de saúde a informar aos seus beneficiários o número do cartão SUS. “Hoje, a inscrição do cliente já é feita, mas muitos beneficiários não sabem o número do registro”, diz a diretora de desenvolvimento setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS ), Martha Oliveira.

O número do cartão é uma ferramenta considerada essencial para garantir que tal pagamento seja efetivamente realizado. Com base no cadastro, fica mais fácil identificar quando e como usuários de planos são atendidos no SUS. Hoje, a ANS tem em seus cadastros números do cartão SUS de cerca de 50% dos clientes de planos. “Esperamos com as novas providências ampliem esse porcentual rapidamente”, afirma Martha.

(Com Estadão Conteúdo)

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