Em seu quarto ano de execução, o Projeto “Orquestra de Câmara Santa Cruz” reiniciou suas atividades, de maneira informal, neste mês de fevereiro.

O projeto, que visa a inclusão social e cultural de crianças e adolescentes da periferia de Santa Cruz do Rio Pardo, teve sua aprovação pela Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo. O Projeto é possível desde que esteja de acordo com as normas do ProAC da Secretaria de Estado da Cultura que, por sua vez, faz cumprir a Lei de Incentivo Fiscal, com o repasse de porcentagem de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pelas empresas às ações culturais, como o projeto da Orquestra.

Neste início de ano, os ensaios estão concentrados no Projeto “Curto Circuito Musical”, ou seja, concertos que deverão dar sequência e serem realizados, ainda neste semestre, em pelo menos três cidades da região. A pequena turnê, que leva o codinome de ‘Cinema in Concert’, acontece de acordo com o estabelecido na Lei Rouanet, ou seja, incentivo fiscal decorrente do repasse do percentual permitido do Imposto de Renda, sob aprovação da Secretaria Especial da Cultura ( antigo MinC). No ano passado já aconteceram duas apresentações do “Curto Circuito Musical”, uma em Santa Cruz do Rio Pardo e outra, na cidade de Assis.

“Estas apresentações significaram muito para os alunos e esperamos repetir com ainda mais exatidão neste ano”, ressaltou o professor e coordenador do Curto Circuito Musical, Paulo Camilotti Tavares.

No último sábado (2 de março), os alunos e a equipe pedagógica assistiram ao vídeo das apresentações do mesmo projeto para avaliação de possíveis melhorias e observações do desempenho de cada músico.

A mesma expectativa tem a aluna, violoncelista Mariana Lima, de 18 anos. Há um ano e meio no Projeto, a jovem musicista está ansiosa e se dedicando, ao máximo, aos estudos do instrumento. “Em 2018 esperávamos algo destes concertos, mas superou e muito as expectativas, tanto em público como no nosso desempenho e contexto geral”.

No terceiro ano do ensino médio, a estudante revela ter sido curada de uma depressão após iniciar seus estudos musicais no projeto e, mesmo com uma carga intensa de estudos para prestar vestibular de Medicina, ela não pretende deixar a Música. “Consigo conciliar mesmo com poucas horas de sono, mas a música me faz muito bem emocionalmente e tocar em grupo me ajudou ainda mais”, diz.

Bruno Lourenço, violinista, de 14 anos, está no projeto desde o início e considera o projeto como um complemento para a vida. “Desde que iniciei na orquestra vivo de outra forma. Se não estivesse no projeto, não sei o que estaria fazendo e, com certeza, não seria um bom caminho. Agora o foco é me dedicar para os próximos concertos”.

PONTOS DE CULTURA
No final do ano passado, o projeto também foi contemplado no Ponto de Cultura com um Kit Multimídia. A entrega dos equipamentos deve acontecer em breve.

Os ensaios da Orquestra acontecem no Cras Betinha, no bairro São José, às terças e quintas, das 16 horas às 20 horas, e aos sábados, a partir das 9 horas.

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