O ano começou com anúncio de demissões em montadoras importantes, mas este é apenas um reflexo do que o setor já vinha passando no ano passado. Com a queda de 0,7% da produção industrial em novembro na comparação com outubro, o total de pessoal ocupado e assalariado na indústria recuou 0,4% no mesmo período. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a oitava taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação, que já desconta possíveis influências sazonais.

Ainda segundo o instituto, em relação a novembro de 2013, o emprego industrial também recuou 4,7%, 38º resultado negativo consecutivo e a queda mais forte desde outubro de 2009 (contração de 5,4%). No acumulado do ano, o quadro não é diferente. Nos onze primeiros meses de 2014 houve queda de 3,1% no total de trabalhadores ocupados e, em doze meses, o recuo foi de 3%.

Além das demissões na indústria automobilística, reflexo da queda nas vendas, o governo também anunciou mudanças nas regras de seguro-desemprego que, se aprovadas, podem deixar muitos trabalhadores demitidos recentemente sem nenhum auxílio.

Em novembro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,9% frente a outubro. Esta é a sétima taxa negativa consecutiva, com o indicador acumulando perda de 4,9%, já descontadas as influências sazonais. Na comparação com novembro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 5,5%, a 18ª taxa negativa consecutiva.

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