Brasília - Deputado Rodrigo Maia discursa durante sessão para eleição do presidente da Câmara dos Deputados e demais membros da mesa diretora (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um apelo para que os deputados permaneçam em Brasília até sexta-feira, 14, para que o Plenário possa votar pela admissibilidade ou não da denúncia contra o presidente Michel Temer. Maia reconheceu, no entanto, que é “muito difícil” que isso aconteça, já que seria necessário um quórum mínimo de 342 deputados na Casa.

“Essa é uma questão que a Câmara dos Deputados precisa resolver. Faço um apelo aos deputados e deputadas para quem permaneçam em Brasília. É uma denúncia contra o presidente da República, é grave, então eu espero que a gente consiga votar essa denúncia o mais breve possível”, disse em entrevista coletiva.

Maia defendeu também que a votação do pedido da Procuradoria-Geral da República, que quer investigar o presidente da República, precisa acontecer antes de agosto e, portanto, do recesso parlamentar. “Do meu ponto de vista pessoal, não podemos deixar essa matéria para agosto. O Brasil precisa tomar uma decisão”, argumentou, antes de minimizar qualquer possibilidade de interferir no recesso. “A questão do recesso parlamentar não depende apenas da Presidência da Câmara, depende da votação da LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias”.

Ao final, Maia explicou que votar a denúncia em Plenário significa retomar a agenda de reformas. “Minha função não é fazer a defesa do governo, é garantir que, após a denúncia, a agenda de reformas vai continuar de forma efetiva e permanente. Mas, para que isso ocorra, precisamos encerrar esse capítulo da denúncia”, enfatizou. O presidente da Câmara ainda citou que, além das reformas, é preciso “pensar de forma clara a pobreza no Brasil” e “discutir a segurança pública do Rio de Janeiro”.

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