A ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, anunciou oficialmente, neste domingo, sua candidatura à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2016. A confirmação, esperada para este fim de semana após intensos rumores, foi em forma de vídeo divulgado nas redes sociais (veja abaixo). Na produção de pouco mais de dois minutos, Hillary diz querer ser “a campeã que os americanos precisam”. No vídeo, aparecem cidadãos latinos, negros, mães solteiras e casais homossexuais.

O foco na classe média como estratégia de campanha já havia sido destacado por seu coordenador de campanha em e-mail enviado a aliados neste domingo. A mensagem foi divulgada pelo jornal americano The New York Times: “nós precisamos fazer com que a classe média signifique algo novamente”, escreveu John D. Podesta ao confirmar a candidatura de Hillary antes da divulgação do vídeo.

Nesta campanha, o esforço de sua equipe será aproximá-la dos eleitores e não usar sua extensa carreira política como garantia de popularidade. O desafio é justamente superar a opinião pessoal que os americanos construíram sobre Hillary ao longo de seus mais de vinte anos de vida pública, para o bem ou para o mal.

A Hillary 2.0, apelido do projeto de restruturação de sua imagem, segundo o jornal americano The Financial Times, irá priorizar encontros corpo a corpo com os eleitores. Além disso, a relações públicas Kristina Schake foi convocada para mostrá-la como uma mulher acessível. Krisitna é considerada a guru da primeira-dama Michelle Obama, bem-sucedida na tarefa de gerar empatia ao se apresentar publicamente como uma mulher comum que leva uma rotina bem próxima da realidade da maioria dos eleitores de seu marido.

Apesar de ser apontada como favorita, Hillary ainda terá que disputar as prévias dentro de seu partido, o Democrata, para se tornar oficialmente candidata. Em 2008, Hillary perdeu por menos de 1% dos votos a chance de concorrer à presidência para Barack Obama, que foi eleito. No ano seguinte, ela foi nomeada por Obama como Secretária de Estado, cargo que ocupou até 2013.

Recentemente, Hillary foi acusada de ter violado leis federais de registro de dados ao utilizar uma conta de e-mail pessoal para enviar mensagens de trabalho, conforme reportagem do The New York Times. Ela teve que entregar mais de 55.00 páginas de e-mails para análise do Departamento de Estado. Diante das acusações, a ex-primeira-dama disse que usou a conta pessoal “por conveniência”. O episódio afetou sua popularidade, que foi atingida também pelas recentes investigações sobre a origem de doações estrangeiras à entidade Clinton Foundation, mantida por sua família.

(com Veja Brasil)

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