O governo do presidente Michel Temer decidiu usar as Forças Federais de Segurança para desobstruir rodovias que têm sido alvo de bloqueios realizados por caminhoneiros que protestam contra a alta do diesel, disse à Reuters uma fonte governamental com conhecimento do assunto.

A decisão foi tomada em uma reunião no Palácio do Planalto da qual participam Temer e ministros no quinto dia de paralisação dos caminhoneiros em todo o país, apesar do acordo firmado na véspera entre a categoria e o governo. De acordo com a fonte, além do Exército, a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares dos Estados também atuarão nos desbloqueios onde for necessário.

Paralisação de caminhoneiros
Mesmo com acordo firmado na noite de ontem (24), os caminhoneiros mantêm protestos por todo o país. A manifestação chega ao quinto dia nesta sexta-feira. A categoria protesta contra os seguidos aumentos do preço do diesel. O movimento tem feito bloqueios em estradas, o que prejudica o abastecimento de combustíveis, alimentos e medicamentos em várias regiões do país.

Integrantes do chamado gabinete de crise estão reunidos hoje (25), no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para avaliar os impactos do quinto dia de paralisação dos caminhoneiros e também as indicações de cumprimento do acordo firmado com a categoria. O presidente Michel Temer participou dos 15 minutos finais da reunião ao lado de mais sete ministros e o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.

Reivindicações
As principais reivindicações da categoria são: redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse nessa quinta-feira que a mobilização só será encerrada quando Temer sancionar e publicar, no Diário Oficial da União, a decisão de zerar a alíquota do PIS/Cofins incidente sobre o diesel.

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