Eleger a educação profissional como política de Estado é uma das soluções propostas pelo setor da indústria, enviadas aos candidatos à presidência da República, para melhorar a qualificação do trabalhador brasileiro e aumentar as oportunidades no mercado de trabalho.
Entre os países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cerca de 50% dos jovens fazem educação profissional junto com a educação regular. Em países considerados mais desenvolvidos, como Áustria, essa média chega a 73%.
Para o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, o Brasil precisa trilhar esse caminho, começando pela melhora da matriz educacional.
“Duas agendas são fundamentais. A primeira delas, melhorar a qualidade da educação, e, certamente, para se fazer isso, tem que melhorar a gestão da escola, maior eficácia da aplicação dos recursos, bem como a valorização da carreira do professor”.
Outra saída é revisar a estrutura curricular e as metodologias de ensino, como sugere a Confederação Nacional da Indústria, a CNI. Para Lucchesi, rever a Política Nacional de Formação de Professores também pode ajudar a melhorar a qualidade da educação no país.
“O SENAI é um exemplo de educação profissional de excelência. Tem papel decisivo na hora de capacitar mão de obra para a indústria e 95% das vagas abertas pela indústria brasileira exigem a formação do SENAI.”
São 25 institutos de Inovação e 57 institutos de Tecnologia, dentro do SENAI, que investe ainda em uma rede de cursos em áreas que são tendência no mercado. Pesquisa de Acompanhamento de Egressos mostra que 94% das empresas preferem alunos que fizeram curso técnico no SENAI.
Reportagem, Camila Costa