Com um clima bem menos morno do que o visto na Band, o debate da RedeTV foi marcado por confrontos diretos entre os candidatos, especialmente quando se tratava de corrupção, tema da primeira pergunta elaborada pela emissora. Cabo Daciolo e Álvaro Dias foram categóricos ao condenar a troca de cargos públicos por votos no Congresso Nacional. Jair Bolsonaro seguiu a mesma linha:

“Só há uma maneira de combater a corrupção em nosso Brasil, elegermos um presidente de forma isenta, um presidente que não negocie ministério, estatais e bancos públicos, porque aí está o foco da corrupção.”

Guilherme Boulos se posicionou contrário ao financiamento de campanhas eleitorais por empresas como empreiteiras. Sobrou até para quem não estava no debate: a conduta do senador Aécio Neves foi questionada por Marina Silva, ao ser indagada por Álvaro Dias sobre a ausência do púlpito de Lula.

“Um ex-presidente da república que está preso, o candidato que foi para o segundo turno nas eleições de 2014 envolvido em graves crimes de corrupção, como é o caso do senador Aécio Neves, é lamentável. Agora, o que eu vejo nesse momento é que o Brasil precisa dar uma resposta, e esse púlpito vazio já esta preenchido, pelos mesmos que já estavam no palanque anterior, no palanque do candidato do PSDB”.

Os candidatos também foram unânimes ao defenderem uma reforma política. O jornalista Sérgio Pardellas afirmou que o PSDB sofre grande rejeição por fazer a chamada “velha e política”, com troca de cargos. Geraldo Alckmin reconheceu as falhas do próprio partido e defendeu uma reforma política.

“Não é possível continuar com 35 partidos políticos, então todos os partidos, inclusive o meu, também estão fragilizados, é óbvio”.

Os candidatos abordaram ainda temas relativos à segurança pública, igualdade de gênero e desemprego. O próximo debate presidencial está previsto para 9 de setembro, realizado pela TV Gazeta e pelo Estadão.

Reportagem, Ana Luiza de Carvalho

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