Mais de duas dezenas de novos casos de ebola foram registrados nas últimas duas semanas na Guiné, dobrando a quantidade de doentes do país. Até esta sexta-feira, o número total de infectados é de 53 pessoas, de acordo com o porta-voz da força-tarefa local contra o vírus. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 39 novos casos foram confirmados na Guiné até o início de fevereiro.

Segundo as autoridades, o aumento era esperado porque os serviços de saúde só conseguiram acesso agora a vilarejos distantes onde habitantes não permitiram a entrada em tentativas prévias.

Obstáculos — Os novos casos revelam as dificuldades das autoridades nos três países mais afetados da África ocidental – Guiné, Serra Leoa e Libéria – diante da tentativa de conter a epidemia. Embora o número de casos tenha diminuído no início de 2015, na última semana o número de infectados cresceu nos três países, pela primeira vez no ano, de acordo com os relatórios da OMS.

Em 10 de janeiro, o governo de Guiné estabeleceu uma meta de 60 dias para erradicar a doença do país onde 60% da população vive abaixo da linha da pobreza. Mas existem dúvidas de que a meta consiga ser atingida por conta da falta de confiança nas autoridades de saúde, a prática rituais tradicionais como sepultamentos e desinformação geral sobre a doença.

Mortes — A epidemia de ebola já deixou 8.981 mortos e 22.495 infectados nos países afetados até 1 de fevereiro, segundo o último balanço da OMS. Foram 124 novos casos confirmados do vírus na última semana de janeiro: 5 na Liberia e 80 em Serra Leoa, além dos registrados na Guiné.

(Com agência Reuters)

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