A taxa média de desemprego do Brasil ficou em 6,8% no terceiro trimestre de 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicada nesta terça-feira.

O dado não mostrou alteração em relação aos 6,8% registrados no segundo trimestre do ano. No terceiro trimestre de 2013, a taxa foi de 6,9%. O novo indicador mostra um desemprego maior do que o calculado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que terminou em 4,93% no terceiro trimestre.

A Pnad Contínua mostra que o total da população desocupada somou 6,7 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2014, montante menor do que o verificado no trimestre imediatamente anterior, quando totalizava 6,8 milhões. No terceiro trimestre de 2013, a população desocupada havia somado 6,8 milhões de pessoas.

Entre o segundo e o terceiro trimestres, os dados sobre a população ocupada avançaram, passando de 92,1 milhões para 92,3 milhões de pessoas com trabalho. No terceiro trimestre de 2013, a população ocupada somava 91,2 milhões de pessoas.

O nível da ocupação entre julho e setembro foi de 56,8%, praticamente estável em relação ao segundo trimestre deste ano (56,9%) e um pouco menor do que o registrado no mesmo período de 2013 (57,1%).

Pesquisa – Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar uma taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. A nova pesquisa substituirá, a partir de 2015, a PME, que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

A Pnad Contínua foi o pivô de uma crise institucional no IBGE em abril, quando, a pedido dos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE), a presidente do órgão, Wasmália Bivar, comunicou mudanças no calendário de divulgação da pesquisa. Isso porque a metodologia da pesquisa seria revista para atender a questionamentos de parlamentares sobre informações de renda domiciliar per capita.

Por essa razão, levantou-se a possibilidade de ingerência no IBGE que deu início a uma grave crise institucional no órgão — com direito à debandada de técnicos. Especulou-se que os parlamentares governistas estavam descontentes quanto aos dados estatísticos sobre a taxa média de desemprego no Brasil no ano de 2013 na apuração da Pnad — que seriam divergentes da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também feita pelo IBGE.

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