O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,1 pontos em julho, passando de 82,1 para 84,2 pontos. A pesquisa apresentada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira (24), apontou que parte das perdas em junho, reflexo da paralisação dos caminhoneiros em maio, está se recuperando, mas ainda apresenta os níveis mais baixos em termos históricos.

Segundo Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV, embora os dados de julho tragam uma boa notícia, a recuperação econômica ainda é vista com cautela pelos brasileiros.

“No mês passado a gente teve uma queda forte no indicador de confiança, que também foi motivada pela greve dos caminhoneiros, mas a gente já tinha relatado uma piora na confiança dos consumidores antes disso. Porque o cenário econômico continua de um modo lento, apesar do mercado de trabalho estar reagindo, está reagindo de uma forma lenta, então muitos consumidores ainda estão desempregados, endividados e isso tem dificultado esses consumidores a tornar o orçamento doméstico equilibrado”.

Em julho, houve recuperação das avaliações sobre a situação atual e das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,3 pontos, para 74,1 pontos, segundo menor nível no ano. Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 1,9 ponto em relação ao mês anterior, para 91,9 pontos, após três meses de queda.

Com relação às perspectivas para os próximos meses, o indicador que mede o otimismo em relação à economia nos seis meses seguintes caiu 0,3 pontos, registrando 102,3 pontos, o mesmo nível de dezembro de 2016, mantendo a tendência negativa dos últimos meses. A FGV coletou informações de mais de 1.800 domicílios entre 2 e 19 de julho.

Reportagem, Juliana Gonçalves

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