Neymar não conseguiu conduzir o Brasil na estreia da Copa, com atuação apagada

Depois de uma recuperação perfeita nas Eliminatórias e o ressurgimento de futebol competitivo nas mãos de Tite, o Brasil começou neste domingo (17) a grande prova de fogo no trabalho do treinador. Entretanto, o resultado frustrou os brasileiros que ajudaram a encher a Arena Rostov. Apenas 1 a 1 contra a Suíça na estreia da Copa do Mundo.

O alento foi o golaço de Philippe Coutinho e o volume de jogo, com o Brasil criando várias chances – mesmo diante de um Neymar apagado em 90% do tempo. A Suíça, porém, se mostrou outra vez um adversário chato de se enfrentar. Defensiva, conseguiu o empate em bola parada – gol de Zuber sozinho na pequena área. Faltou sorte no fim do jogo, com chances para fazer o segundo.

Fica a expectativa agora de maior aproveitamento nas finalizações e atenção na bola aérea adversária para a sequência do Mundial. O Brasil enfrenta a Costa Rica na sexta-feira que vem, em Sait Petersburg, e fecha a primeira fase com a Sérvia em Moscou.

GOLAÇO
O cadeano suíço tão esperado por Tite levou alguns minutos para o Brasil decodificar o segredo da abertura. Com paciência, sem sofrer ataques perigosos – apesar de ter levado um susto no começo do jogo – o Brasil mandava no jogo.

Apesar de Neymar retardar a evolução brasileira prendendo a bola e tentando irritar a marcação cavando faltas na proteção da bola, o time canarinho trocava passes rápidos, auxiliado pela categoria de Marcelo e Casemiro.

Mas o homem de maior perigo era Philippe Coutinho, que conseguiu acionar Gabriel Jesus em infiltração. O camisa 9, entretanto, era mais físico que técnica. Coutinho, por sua vez, estreou na Copa da melhor e talvez mais previsível forma.

Bola sobrou para ele na entrada da área suíça, havia espaço para armar o chute e ele bateu colocado, no ângulo, bem ao seu estilo.

Com isso, o Brasil passou a jogar no campo de defesa. Mas nem assim atraia momentos de sustos da Suíça, que quando tentava avançar, encontrava a parede brasileira logo na primeira linha de marcação e era obrigada a tocar para trás e não perder a posse.

A Seleção por muito pouco não ampliou o placar na reta final do primeiro tempo. Cruzamento de escanteio para a entrada de Thiago Silva. A bola passou perto da trave. Em lance semelhante, viria o castigo no início do segundo tempo.

QUEM É QUE SOBE?
O Brasil ainda estava em ritmo de banho-maria na partida, quando teve a luz amarela ligada com rapidez. Em jogada de escanteio logo aos cinco minutos da parte complementar, o ponta-esquerda Zuber subiu nas costas de Miranda, na pequena área, e cabeceçou sozinho muito perto de Alisson.

No replay, foi possível observar que Zuber dá um empurrão nas costas de Miranda, o tirando da jogada. O árbitro não marcou e também não atendeu o pedido de revisão da jogada. Nada feito.

A torcida suíça se empolgou com o gol de empate e até abafou a tentativa do brasileiro em empurrar a Seleção. Neymar, no desenrolar da digestão do empate, cometia erros de passe e drible.

Sem inspiração no segundo tempo, o Brasil tinha em Gabriel Jesus sinônimo de luta, mas ele cavou um pênalti inexistente em boa jogada de Renato Augusto e Willian, que fez partida apagada.

A Suíça, com fôlego invejável, tentava sair no contra-ataque em velocidade com Zuber ou Shaqiri. A zaga, principalmente, com Miranda, tinha dificuldades de apostar corrida. Neymar chegou a ter uma chance de gol, mas a janela para o chute era mínima e o goleiro Sommer defendeu.

Neste momento, o atacante do Brasil já era Roberto Firmino, que com pouco tempo, teve duas chances boas para dar a vitória ao Brasil. Mas na primeira, exagerou na força em chute com pouco ângulo. Depois, cabeceçou com perigo em cruzamento de Neymar. Quase que na sequência deste momento, Miranda também desperdiçou uma finalização em rebote de escanteio, quando o jogo se encerrava no 1 a 1.

Ficha Técnica
Brasil 1×1 Suíça
Brasil: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro (Fernandinho), Paulinho (Renato Augusto) e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus (Roberto Firmino). Técnico: Tite

Suíça: Sommer; Lichtsteiner, (Lang) Schaer, Akanki e Ricardo Rodríguez; Behrami (Zakaria), Xhaka, Shaqiri, Dzemaili e Zuber; Seferovic (Embolo). Técnico: Vladimir Petkovic

Gols: Philippe Coutinho, aos 20’/1ºT e Zuber, aos 5’/2ºT
Arbitragem: César Ramos, auxiliado por Marcin Torrentera e Miguel Hernández. Trio do México
Cartões amarelos: Lichtsteiner e Schaer (SUI); Casemiro (BRA)
Público: 43.109 presentes
Local: Arena Rostov, em Rostov-on-Don (RUS)

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