Os bancos sistemicamente importantes do Brasil são capazes de satisfazer as crescentes necessidades de capital no âmbito da Basileia III, afirmou a agência de classificação de risco Moody’s em relatório.

O aumento das exigências de capital de patrimônio da Basileia III visam melhorar a capacidade dos bancos para absorver prejuízos. No Brasil, a implementação das novas regras de capital da Basileia III começou em outubro de 2013 e as elevações do índice irão até 2019.

O Banco Central do Brasil identificou cinco bancos privados como sendo sistemicamente importantes: a Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Banco Bradesco, Banco do Brasil e Banco Santander Brasil. Juntos, eles controlam 67% dos ativos totais do sistema bancário.

No relatório, a Moody’s disse que espera que o Banco do Brasil e a Caixa atendam os requisitos de capital tier 1, embora eles tenham que emitir capital tier 1 ou tier 2 adicional para atender todos os padrões de capital da Basileia III.

Para a agência, os outros bancos estão bem posicionados. “Esperamos que o Bradesco, Itaú e Santander Brasil sejam capaz de atender aos requisitos da Basileia III até 2019”, disse o vice-presidente e analista sênior da Moody’s, Alcir Freitas. “Mesmo com a aquisição anunciada pelo Bradesco do HSBC Brasil, ainda esperamos que o banco terá um excedente de capital que ajudará atender os mais altos padrões de regulamentação”, acrescentou.

Por outro lado, a Moody’s destacou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode enfrentar um déficit de capital. A agência explicou que incluiu o BNDES na análise por causa de sua importância sistêmica para o setor bancário do Brasil, ainda que, como um banco de desenvolvimento, não é considerado um banco sistemicamente importante no âmbito da Basileia III.

Estadão Conteúdo

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