Dados da Agência Reguladora de Transportes Rodoviários de São Paulo (Artesp) mostram que sete motoristas que passam, a cada minuto, pelas praças de pedágio das rodovias paulistas não pagam a tarifa.

A prática de furar tem ganhado cada vez mais adeptos nas estradas. Em um ano, o número da evasão de pedágios dobrou nos 6,9 mil quilômetros de rodovias concedidas, passando de 1,8 milhão em 2015 para 3,8 milhões no ano passado, alta de 103%.

Na maioria dos casos, segundo as concessionárias de rodovias, os motoristas “colam” na traseira do veículo da frente para passar pelas cabines de pagamento eletrônico quando a cancela ainda está levantada. A prática é registrada pelas câmeras instaladas nas praças e é infração grave de trânsito, com multa de R$ 195,23 e anotação de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Segundo a Artesp, a expressiva alta nos registros de evasão de pedágio está relacionada ao aumento das práticas para burlar o sistema, que envolvem ainda tampar a placa do veículo e alterar a numeração para fugir da multa. Desde dezembro de 2013, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) permite que um agente de fiscalização multe o veículo usando apenas o sistema de videomonitoramento. Mais recentemente, câmeras com leitor de placas estão sendo instaladas nas cabines de pedágio.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou que os veículos são fiscalizados 24 horas por câmeras de monitoramento e que “os evasores são identificados pelas concessionárias e acionados pela Polícia Rodoviária Federal”. Segundo a entidade, a prática de furar pedágio “é uma grave
questão de segurança”.

A Artesp afirmou que as empresas cumprem protocolos de sinalização das vias e das praças de pedágio e de fazer campanhas educativas para conscientizar os motoristas sobre os riscos de acidentes.

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